Wednesday, January 14, 2009

O Esgoto da Sociedade - Capitulo IV

Nuvens negras pairam sobre os restos desta "comunidade", movendo-se rapidamente, como se nem elas quisessem dar as suas sobras a este lugar desprovido de razão.
Mais abaixo,no seu poleiro predilecto, o rapaz vigia o que se passa por baixo como uma ave de rapina, analisando a competição.
No chão, a rapariga chega a decisão que está na hora de desvendar o mistério que a assola a tempo demais. Lentamente, dirigiu-se aos telhados, pensando sempre em voltar para trás. Esses pensamentos evaporaram com a aragem que passava quando ela viu o rapaz. Aqueles olhos verdes, aquelas esmeraldas amaldiçoadas, tão perto do toque... mas tão longe da alma.
A rapariga começou a aproximar-se e, passo a passo, ia formulando o que havia de dizer. Ela lidava bem com as pessoas, mas estava mais que claro que ele não era um qualquer. O rapaz, sem noção da rapariga, começa a cantar os versos que ficaram marcados no seu coração e na sua alma. Os versos que dão alento á sua cruzada:

I'm a nightmare, a disaster,
that's what they always say.
"You're a lost cause, not a hero!"
But i'll make it on my own!
I've got to prove them wrong!
They'll never bring me down!
I'll never fall in line!
I'll make it on my own!
It's me against this world!

As palavras ecoaram brevemente, a voz do rapaz cessou, e a rapariga,perante esta cena, sentiu o coração a tremer dentro do seu peito. Que dor. Que martírio. A sua boca abriu-se.

Quem?
Como?
"Porquê?"

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