Thursday, September 24, 2009

Para ti, que me dás felicidade

Todos os dias te vejo, e apesar disso, nunca me deixo de espantar. Descubro sempre algo em ti que me deixa... Não sei, mas faz-me sentir... feliz.
Olha para mim, que já escreveu sobre tanto e tão pouco, e tu consegues-me fazer ficar sem palavras. Se calhar devia tirar a foto tua que tenho no meu telemóvel. Mas não consigo. Mesmo assim, se não estivesse a olhar para ti, estaria a pensar em ti. Nos teus olhos, nas tuas bochechas, no teu cabelo... És um templo de beleza, sabedoria, força e simpatia.
Quando estou contigo, as minhas preocupações desaparecem. E quando não estou, elas concentram-se em ti. A tua voz cativa-me, hipnotiza-me. Podes fazer de mim o que quiseres, pois eu sou teu servo e tu és a minha princesa.
És o meu apoio.
A minha perdição.
A minha única fã.
O meu pedaço de Paraíso no meio deste Inferno.

És a minha estrela,
a minha inspiração.
És o anjo a quem pertence
o meu coração.

Sunday, September 20, 2009

Bloqueio de um Escritor

Sento-me na minha mesa, maquina de escrever á minha frente, á espera da inspiração. Que historia irei eu agora contar? Ajusto a folha da maquina e começo:
"A historia do cavaleiro valente que..."
Arranco a folha da maquina. Não, isto de nada serve.
Ponho outra, ajusto-a e recomeço:
"O conto do rapaz que sofria de amores e..."
Arranco a folha outra vez. Nada de novo, isto já foi feito tanta vez.
O desespero começa a assentar. Não há nada mais doloroso do que um bloqueio de escrita. A sensação de estar preso ao ar livre, sentir a respiração ofegante apesar de ela estar normal quando se tenta pensar, a fúria de querer saber quem colocou uma rolha nos meus pensamentos. E para quem vive a escrita como eu, é como se o cérebro tivesse desligado, desmaiado, letárgico. A agonia de querer desabafar com a folha e não conseguir.
Há quem faça de tudo para passar este estado. Cabeçadas na parede, correr, ouvir musica, cantar... Tudo óptimas soluções. No entanto, comigo não funcionam. Não sei porquê. Nem quero saber. São os pequenos mistérios da nossa vida que lhe conferem interesse.
Levanto-me e saio para a rua. Não vale a pena forçar de mim o que não vai sair. Dou uma volta. Vejo o que já vi, ouço o que sempre ouvi. E inspiro-me no que sempre me inspirei. Tu.

Tu és a minha inspiração, meu anjo.

Friday, September 11, 2009

O Meu Mundo

Lá vens tu, outra vez, a correr para mim.

De todas as vezes que o fizeste, imagino sempre o que não vai acontecer. O que eu queria que acontecesse. Imagino que me vais pedir conforto, carinho, compreensão, um porto seguro onde possas desabafar os teus desastres em miniatura, um par de braços que sempre estiveram abertos para ti, mas que só agora reparaste, aquele que sempre te apoiou e se dispôs a curar, quando viesses a mim, com o teu coração cicatrizado nas mãos.

Claro que as consequências de sonhar em pleno dia são óbvias. Desde desilusão a depressão, que são coisas que não são novas para mim.

Vens-me pedir ajuda em qualquer coisa trivial. Desde sempre que quero dizer que não, estou farto de ser teu escravo, fartei-me de te dar o que é meu.

Mas nunca consigo.

Não sei se são os teus olhos, brilhantes e doces, ou as tuas bochechas, coradas e fofinhas. Não sei se é o teu cabelo, não muito longo e não muito curto, simplesmente perfeito e lindo, ou os teus lábios tentadores e suaves, que os meus olhos fazem questão de seguir cada movimento.

Mais uma vez, aceito fazer o que queres que eu faça. Ajo inconscientemente, como se o teu pedido fosse a razão da minha existência, a razão de eu estar aqui.

Agora que tens o que queres, vais embora. E eu caio em mim, e fico sem norte. Não sei o que fazer, pois como já não tens ordens para mim, não passo de um corpo vazio, desprovido de uso e função. Podias guardar-me no teu armário até voltares a precisar de mim outra vez.

Claro que, se for eu a precisar da tua ajuda, do teu auxílio, tu não estás disponível para mim. Nas alturas que eu preciso de uma amiga, de uma mão no meu ombro, de um abraço, de uma palavra amigável, tu não podes, pois, aparentemente, estás muito ocupada a respirar ou a andares para longe de mim.

Sempre que isso acontece, penso no refrão de uma musica, que podia servir como letreiro de boas-vindas da minha alma, como a frase definidora da minha vida ou como as palavras a escrever na minha lápide:

Welcome to my world,

Where everyone I ever need

Always ends up leaving me alone.

( Baseado na música "My World" dos Sick Puppies )