Tuesday, December 30, 2008

A pedido de muitos (poucos) fans,...

...voltei.
Aparentemente, há gente que gosta dos meus textos, por isso decidi voltar. No entanto, não vou postar com muita frequência.Tentarei no mínimo um por semana.No máximo, e se as situações se apresentarem "propicias", um por dia, ou mesmo dois.
Por isso já sabem com o que esperar.

PS:É verdade... também mudei a musica do blog. Para quem quiser saber, chama-se "So Cold" e é dos Breaking Benjamin. (sugestões para mudar a musica serão aceites)
PPS: Talvez volte a postar poemas em inglês. Se calhar tambem vou postar as letras de uma musica em que ando a trabalhar.

Saturday, December 27, 2008

1 Segundo

Dá-me 1 segundo.

Dá-me 1 segundo, para me lembrar de tudo o que passamos juntos, os bons e os maus momentos, as discussões amigáveis e agressivas, as carícias e os insultos.

Dá-me 1 segundo, para olhar para ti, mesmo para dentro da tua alma e ver com olhos de ver, estes que um dia a terra me vai comer, se realmente gostaste de mim, se de facto te preocupaste com alguém que não conhecias ou se foi só um interesse momentâneo, que renovava nos momentos de necessidade.

Dá-me 1 segundo, para ver como ages, em função de quê e de quem, e se o que fazes é certo ou não, apesar de eu não poder fazer mais nada do que ver-te auto-destruíres-te, desperdiçando tempo e sentimentos.

Finalmente, dá-me 1 segundo, para saber o que fazer. Se gritar palavras de devoção e carinho e amor ou suspirar palavras de despedida. “Amo-te” ou “Adeus”. Um beijo na boca, ou um aceno ao longe enquanto choro lágrimas de esperança, que talvez para a próxima não seja tão ingénuo para me apaixonar por que não merece.

Agora dou-te um dia, um mês, um ano, o tempo que quiseres, para me dizeres o que fazer.

Afinal, sempre estive dependente de ti.

Thursday, October 23, 2008

Meti o Travão

Bem, é só para dizer (como se houvesse alguém que se importasse) que vou parar de escrever... por uns tempos. Se querem uma boa razão, é por causa da época de testes que se aproxima. Se querem a verdadeira razão, é porque me fartei, como me farto de muita coisa, incluindo da vida. Simplesmente fartei-me. Alem disso, existem muito melhores escritores por ai, é só ir a secção "Os Outros" do meu blog para verem blogs espectaculares. Recomendo o "Neverland", porque foi a autora desse blog que pôs-me a escrever... Ela tem textos expectaculares, e era perciso anos e anos de isolamento e silencio (que eu quero e perciso desesperadamente) para fazer um texto remotamente ao nivel dela.
Neste momento não estou muito bem... quer dizer, não estou nada bem. Tão a ver musica que eu tenho no meu blog "Lonely Day" dos System Of a Down? Todos os dias a canto umas 10 vezes... é que cada dia é, de facto, "the most loneliest day of my life"...
Bem, com isto dito, me despeço até a proxima oportunidade...
PS: ah, é verdade. A tempos,mandei um mail para o Jornal da Bairrada, e hoje responderam-me... parece que ja tem muitos colaboradores e não percisam de um cronista... para ja.

Tuesday, October 21, 2008

Minha Pequena Porção de Vida: Derramada...

Sentado, olho para o vazio negro que engole a minha cabeça, a minha mente, a minha alma. Preciso de ajuda. Chamo-te e pergunto-te "Dá-me um tema." "Não sei..." dizes tu, com uma cara triste e com olhos de cachorrinho abandonado, que espera que o acolha no meu lar. O vazio aumenta, alimentando-se da minha vontade de viver. A vida escorre de mim,gota após gota, causando dores impossíveis de suportar. De repente, uma mão aparece no negro vazio da minha mente, tapando com um penso a goteira na minha alma que pingava o meu fluido da vida. Esse penso chama-se "Amor", mas é tão fraco e pequeno que rompe logo.
Acordo. A minha frente tenho uma folha, com gotas de vida escapadas de mim, formando um texto.

"Minhas gotas de vida derramadas
em folhas de papel branco,
São como gotas de sangue pingadas
do meu coração, que sofre tanto..."

Monday, October 20, 2008

Point of View ( Ponto de Vista )

Desloco-me lentamente pelas ruas da tristeza e do sofrimento. Olhares desaprovadores pairam sobre mim, como anjos negros da morte esperam para atacar a minha alma enfraquecida,própria de um infeliz. Risos maléficos ecoam pelos ares, como chuva acida que me corroí a carne, a alma e o coração do meu frágil corpo. Laminas embebidas em chamas de dor e solidão atravessam o meu corpo uma e outra vez, sem fim, enquanto os anjos negros arrancam os meus olhos e desmembram-me, rindo ainda mais, ao som de cânticos infernais. A vida que me resta escorre para fora de mim, enquanto o meus sangue pinta o chão de vermelho, evaporando-se na lava ardente que me obrigam a beber, pela boca onde todos os dentes foram arrancados e a língua cortada. Assistindo do seu trono de caveiras dos mortos e sacrificados, Satanás decreta:

"Acabem com esse infeliz, que tal sofrimento já aborrece..."

Sunday, October 19, 2008

Lonely Day

Such a lonely day
And it's mine
The most loneliest day of my life
Os meus dias são todos assim.
Such a lonely day
Should be banned
It's a day that I can't stand
A solidão atormenta a minha alma...
The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life

Such a lonely day
Shouldn't exist
It's a day that I'll never miss
Such a lonely day
And it's mine
The most loneliest day of my life

And if you go, I wanna go with you
And if you die, I wanna die with you
Inês, traz algum conforto a minha alma penada...
Take your hand and walk away

The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life
Life

Such a lonely day
And it's mine
It's a day that I'm glad I survived

musíca pelos System of a Down

Troca

"Mas tu tens a certeza que é isso que queres?" pergunta-me um rapaz alto e sorridente, com uma breve aura de preocupação. "Nunca estive mais certo de algo na minha vida. Eu acho que ela é a tal, tas a ver?" respondo, não arredando pé da minha convicção. "Mas é muito perigoso para ti. Lembra-te do que passas-te! Sem ele a teu lado, vais passar por um verdadeiro inferno!" afirma um rapaz baixo com um semblante triste. "Se passei por tudo isso, o resto não deverá ser pior... alem disso, ficas ao pé da tua malta e tudo." respondo eu, começando a perder a paciência. "Mas só não entendo no que é que isso te vai ajudar... até te vai prejudicar bastante. Ela já é muito concorrida, anda rodeada de rapazes... não tens uma única hipótese, e já sabes que eu não sou pessimista... então comigo ao lado dela, se for preciso ela até te para de falar." diz o rapaz sorridente, começando a ficar cada vez mais preocupado. "E que assim seja! Que ela tenha o que eu não tive! Eu sou apenas peso morto. Podemos acabar com esta discussão? Nada me vai fazer mudar de ideias!" concluo irritado, farto de tanto falar e de não agir. "Tudo bem, rapaz... para mim é sempre bom voltar a ver a malta..." responde o rapaz com um ar triste e soturno. "Vá, vamos embora, Tristeza da Inês...

... e minha Felicidade, vai ter com ela, e faz por ela o que não fizeste por mim."

Friday, October 17, 2008

Guess what

-Hey. Guess what.
-What?
-I love you.
-Oh.. Guess what.
-What?
-I don't love you.
-Meh... I already knew that.
*silence*
-Hey.Guess what.
-What?
-I still love you.
-Ok... Guess what.
-What?
-I don't give a shit.
-Meh... I already knew that too.
-...


-... I love you anyway.

Thursday, October 16, 2008

Conversa entre dois anjos

"Hey, anda cá! Olha-me este!" disse um anjo alto, de cabelos castanhos, para um anjo um pouco mais baixo, de cabelos pretos. "Ah, não acredito... tas a brincar comigo, certo?!" exclamou o anjo de cabelos pretos. "Não... foi mesmo agora... odeio estas situações... dão-me tanta pena..." disse o anjo de cabelos castanhos. "Pois, a mim também...enfim, qual foi a causa da morte?" respondeu o anjo de cabelos pretos. "Oh Gabriel, mas tu não vês logo que foi suicídio?!!" disse o anjo mais alto. "Eu sei isso, mas eu tava a perguntar os motivos, Pedro!!" disse Gabriel. "Ah! Vamos ver então. Ora bem..." começou Pedro, folheando alguns papeis. "Rapaz, 16 anos, muito gozado na escola, poucos amigos, nenhuma namorada... muito amor para dar?" estranhou, enquanto olhava mais de perto. "Isso deve ser gralha,pá...deixa ver... Não é nada...o rapaz andava mesmo desesperado por amor..." afirmou Gabriel. "Acho que ja sabemos a causa da morte... morreu de amor..." completou Pedro.
"Bem, agora, só temos duas escolhas... quer dizer, ele tem... pode ir para o Inferno por causa de se suicidar, ou torna-se anjo da guarda de quem ele amou... Pedro, acorda-o tu, eu faço as esplicações." disse Gabriel. Ele obedeceu, tocando-lhe de leve na testa, fazendo o rapaz acordar. Explicações dadas, fizeram-lhe a pergunta. "Vá, jovem, agora é contigo... anjo da guarda ou Inferno?" perguntou Pedro. "Anjo da guarda, sem qualquer duvida." respondeu de imediato.
"Muito bem. Podes ir... ah,já agora, qual é o teu nome? Tenho de por no relatório para o Chefe..." Perguntou Gabriel. "João..." respondeu ele. "E justificação para o suicidio?" Perguntou Pedro.

"Amor não correspondido e esperança destroçada..."

Wednesday, October 15, 2008

Mensagem Subliminal

Uma dor enorme ataca a minha barriga. Acordo, tento levantar-me,mas não consigo. os meus olhos abrem-se lentamente,ajustando-se a luz do sol, que brilhava nos céus.Estava numa estrada. A minha frente, um carro verde. De lá, sai uma rapariga de verde que começa a chamar uma ambulância... tenta explicar-me o que se passou, enquanto pedia desculpa. A ambulância chegou. Não tinha sido nada de grande perigo. Fui tratado no local. Assim que me pus de pé, a ambulância foi-se embora. Ainda fiquei com algumas cicatrizes, mas nada que me impedisse de andar. Comecei a andar outra vez, só para 10 segundos depois, ser atropelado outra vez. Pela mesma pessoa. Chamou a mesma ambulância, deu as mesmas explicações e desculpas. Mais cicatrizes se acumularam no meu corpo. Novamente de pé, retomei o meu caminho. Mas ela atropelou-me outra vez... e outra, e outra, vezes sem conta. Parecia de propósito. A dor por dentro aumentava a cada incidente. Cheguei ao meu limite e desmaiei. Um ultimo pensamento atravessa a minha mente.

"Quem me manda a mim aventurar-me na estrada da vida...
e quem me manda a mim amar-te tanto, Inês?"


Tuesday, October 14, 2008

Reincidência

A manhã surge atrás das nuvens, acordando-me de imediato. Despachei-me para chegar cedo a porta do pavilhão, onde ia ter aula. São aqueles 5 minutos de paz e silêncio que preciso para aguentar um dia de tristeza e desilusões. São aqueles breves momentos em que estou mesmo bem.
Mas tu chegas-te. Tu, com a tua camisola verde e o teu cabelo rebelde, vieram e roubaram a minha paz. E a minha atenção. "Olá. Então,novidades?" dizes tu na tua maneira própria de criança que eu adoro. Novidades? Bem, tudo o que envolve tu e eu envolve novidade. O inesperado é a tua marca definidora. Desde o primeiro dia que nos conhecemos, que só me tens surpreendido. No espaço de 2 anos, foste uma grande amiga, depois melhor amiga, depois um interesse passageiro, depois uma paixão impossível, e agora um balde de agua, que apagou em mim a chama da esperanças de te amar. Não só uma, mas varias vezes. Dizes que o teu coração pertence a outro para te obrigares a não me dares uma hipótese. E agora estás aqui, a fazer conversa, como uma pessoa adulta sem nada para fazer. Crias um misto de emoções em mim sempre que estás comigo. Amor e ódio. Felicidade e tristeza. Tu e eu. Faço tudo para te agradar. Nada é suficiente. Tento concentrar-me em outra coisa, mas a tua cara aparece sempre no meu pensamento. Já fazes parte de mim. Tento esquecer-te,todos os dias. Não consigo.
Novidades? "Não... está tudo na mesma...

...e acho que nunca vai mudar."

Monday, October 13, 2008

Quem és tu?

Quem és tu? Quem és tu, rapariga, que me alegras e entristeces à tua vontade? Que me deixas sem fôlego, ao pensar em ti. Que me deixas a ansiar por uma palavra, um gesto, um toque, um beijo. Que me deixas com ciumes por estares com qualquer outro rapaz. Quem és tu, minha musa, que disfarças com verde a escuridão profunda e arrebatadora, que se aprofunda dentro de ti até ao fundo do coração e te cega para não veres quem te verdadeiramente ama? Que anseias por alguém que te ame, te adore, te venere, sem quereres ver que já existe esse alguém.Que desejas tocar no céu dos amores sem deixares esta terra de infelicidade,tristeza e desilusão. Quem és tu??
Eu sei quem és. És a rapariga que eu amo,necessito,anseio e acredito. És aquela que me faz parar só para olhar para cada uma das belezas que possuis... os teus cabelos, os teus olhos, os teus lábios... Destinaste-me a esta vida...

viver como um sonhador que sonha o impossível.

Sunday, October 12, 2008

Talvez uma história veridica

Tenho uma história para contar. Mas não vou revelar nomes em concreto.
Era uma vez, numa terra não muito longe (vamos chamar-lhe Oliveira do Bairro), havia uma escola,( vamos chamar-lhe Escola Secundária de Oliveira do Bairro) e nessa escola, dois alunos que vão protagonizar esta história.Um era um rapaz, que era muito gozado e, por causa disso, sentia-se muito só na vida. Vamos chamar-lhe João. Depois tínhamos uma rapariga, que era muito alegre e popular. Gostava muito de verde, e era lindíssima. Nesta história, digamos que se chamava Inês. Ambos os nossos jovens protagonistas andavam na mesma turma. A Inês era a melhor amiga do João. O João gostava dela, secretamente. Eles eram muito pegados. Mas a Inês tinha o melhor amigo dela ( será referido como Germano), e os amigos dela (para encurtar, vamos chamar-lhes O Grupo), que não iam muito bem com o nosso pobre João, por ele ser alvo de chacota de toda a escola. O João sofria muito, pois sempre que não estava com a Inês, sentia-se muito sozinho e triste, e quando estava ao pé dela e d'O Grupo, acabava sempre por se sentir excluído. Muito excluído. Mas um dia, o João fartou-se de tudo. Decidiu partir para a acção. Fartou-se de ser uma paráia para toda a gente. Ninguém gostava dele na turma, e chegava a ser gozado por saber mais que os outros. Ele passou por tudo para chegar onde chegou, mas todos têm um limite. Então, um dia, colocou o seu plano em marcha. Era agora ou nunca. Com a ajuda dos poucos amigos que tinha, montou um sistema de som a frente da casa da Inês. Chamou-a, e começou a cantar a canção favorita dela( para referencia, digamos que era a "Tonight" dos "FM Static"), e a meio da canção, pediu-lhe em namoro.
A partir dai, formaram-se muitas lendas. Uns dizem que Inês aceitou, e que viveram felizes para sempre, outros dizem que ela recusou e João matou-se. Também existe a versão que O Grupo, por achar que a Inês merece alguém melhor, acaba com o namoro deles, fazendo o João emigrar, só para voltar a Portugal para reencontrar Inês, casada com Germano, infeliz com o casamento...
Mas isto não passa de uma história, um mito urbano...

ou talvez um futuro a espera de acontecer...

Friday, October 10, 2008

A Sala

A chuva fustiga as janelas da sala. A fraca luz que a ilumina da-lhe um ar soturno, abandonado, triste. Eu acho apropriado. Peço desculpa, ainda não me apresentei. Sou o dono desta sala. Aqui vive-se uma vida. A minha vida. Ali, ao fundo, está a mesa de tortura. Costumo ir para lá para ser brutalmente espancado por todos os meus amigos e inimigos. Por vezes, faz cócegas. Mesmo ao lado, está o megafone e a churrasqueira. Lá chamam-me todo o tipo de coisas e proferem todo o tipo de insultos, enquanto queimam o meu coração nas escaldantes brasas da tristeza e solidão. Geralmente, sai bem-passado. E logo ali no meio está a televisão, na forma de dois olhos, que me faz ver as coisas mais horríveis e indesejáveis durante horas e horas. A felicidade, por aqui, é como os feriados, e não passa de ausência de dor. Tenho uma vida normal, aparentemente. Passados 8 anos, habituei-me. Bem, tenho de ir. A sala espera por mim. Se cá quiseres voltar quando for a hora da tortura, pergunta por ela.

"Chama-se a minha "Alma""

Thursday, October 9, 2008

Realidade Alternativa

Hoje estás diferente... hoje gostas de estar comigo, hoje abraças-me, beijas-me na face, brincas comigo. Hoje sinto-me vivo, pois a minha melhor amiga, vá se la saber porque, está a dar-me o que quero desde a muito tempo. Carinho, felicidade, prazer de viver. "O que se passa contigo hoje?" pergunto, só para ser silenciado por um beijo. Sinto o sabor da tua boca, é doce e agradável. Brinco com a tua língua que, marota e arrebitada, compactua com a minha. Parece o meu primeiro beijo, outra vez. Mas desta vez é com alguém que amo, respeito e preciso para viver. Levas-me para um sitio calmo, no meio das árvores, em união com a natureza. Sentados no chão, voltas a plantar em mim outro beijo. Desta vez, deitas-te em cima de mim. Queres tudo, e eu dou-te o que queres. Ficamos juntos a ver o pôr-do-sol, depois de uma tarde perfeita. Sinto-me bem abraçado a ti... sinto-me completo. Contente. Feliz. E depois...

acordei na cama. Foi tudo um sonho.

Mas se a alternativa a uma realidade de merda é um sonho...

"Eu quero viver nesse sonho... contigo... para sempre."

Tuesday, October 7, 2008

Pedir...

Eu despeço-me. Tu despedes-te. Vou-me embora. Foi mais uma tarde passada contigo. Enquanto ando pelo passeio da rua indefinida debaixo do sol escaldante, sinto a frieza que todas as tardes me atinge, depois de estar contigo. Sinto-me incompleto... como se me tivessem dado a minha comida favorita, mas numa dose demasiado pequena para a desfrutar. Quero mais. Mas tu não me dás. Todos os dias tenho a esperança que me digas "Não vás"; "Espera só mais um pouco."; "Não me deixes sozinha."; "Fica comigo."; "Abraça-me."; "Beija-me."; "Ama-me."...
Mas esse dia nunca chega. Mas eu espero. Espero como um pai espera pelo filho que morreu na guerra. Espero como um moribundo nos seus últimos segundos espera pela salvação...
Ligas-me. "Porque não ficaste mais um pouco?". Eu rio-me...
Miúda, só tu para me fazeres rir nos momentos de tristeza. Somos opostos completos. Eu preto, tu verde. Mas a verdade é que nós os dois, combinamos na perfeição...
Eu respondo-te:

"O pedido ansiado não foi requerido..."

Monday, October 6, 2008

No meio do desconhecido...

Estou sozinho. Não na vida, claro. Na vida, estou ao abandono. Agora estou sozinho, no meio desta gente, desta multidão. Desconhecidos passam por mim. A cara negra, escura, própria da percepção de quem não conhece. No meio deles estás tu. No meio da multidão que passa, tu destacas-te. O teu vestido verde ondula com o contacto da multidão que passa. Vou ter contigo. "Olá!" digo eu de uma maneira esperançosa, salvadora. Não me ouves. Continuas a falar para esses desconhecidos. Tento chamar-te à atenção. Não me ouves. Sinto-me só, outra vez. O calor que aqueceu o meu espírito quando te vi desvaneceu. Tornou-se em gelo pontiagudo, que trespassou o meu coração. Apetece-me fugir, correr para longe e chegando ai, partir as pernas para nunca mais de lá sair.. De repente, reparas em mim. "Olá!", dizes para mim. Num segundo, num piscar de olhos, num batimento do coração, os desconhecidos desapareceram. Estamos só tu e eu, cara-a-cara, olhos nos olhos. A minha mão agarra a tua. Tu ficas corada. "Não te tinha visto. Estavas longe.", dizes, com um leve ar de desapontamento. Eu tomo os teus lábios lindos de surpresa. Chocada, a tua cabeça manda-te parar, mas o coração não obedece. Os nossos lábios separam-se, mas as almas unem-se. No fim, abraço-te e digo:

"Longe da vista, mas perto do coração..."

Saturday, October 4, 2008

Necrologia

Peguei no jornal. Na página da necrologia, estava lá ele. Morreu. Tinha mais ou menos a minha idade, só uns meses mais velho. Sempre fomos muito pegados. Andávamos sempre juntos desde a infância… cresceu junto a mim, ficamos grandes juntos, andamos na mesma turma, gostamos das mesmas raparigas, nunca discutimos uma única vez. Eu nunca lhe falhei, e ele nunca me falhou. Bem, pelo menos até a uns anos, quando te conheci. Ai, ele disse à sua própria maneira que te achava a rapariga mais bonita que ele já tinha visto. Eu concordei. A primeira vez que te vimos, parecias um anjo descido dos céus. Cabelos castanhos, olhos da mesma cor, vestida de verde, face sorridente de quem está em harmonia com o mundo, mas os olhares que lançavas deixavam questões por responder, pedidos de ajuda por auxiliar. Os teus lábios carnudos, sensuais e provocativos, falavam sabedorias interessantes e, secretamente, ansiavam por atenção. A partir de ai, a nossa vida foi uma roda-viva de emoções geradas no momento, experiencias nunca vividas e olhares prolongados. Até ontem. Ontem fartaste-te dele… Livraste-te dele sem dó nem misericórdia. E tudo o que eu pude fazer foi ver, contemplar o homicídio daquele que comigo esteve a vida toda. Foste má, vil, inconsiderada. Ele não aguentou mais. Morreu. Agora pergunto:

"Onde vou arranjar outro coração?"

Friday, October 3, 2008

Duvida em Duvida...

Era Verão. Fazia sol na rua. As pessoas passavam felizes pela temperatura amena que o Sol transmitia. As crianças brincavam, felizes, sem preocupações. Espera. Risca isto. Era Inverno. Não na rua, mas dentro do meu coração. Trancado em casa, olhava para o tecto, depois para a cadeira, depois para o chão, e de novo para o tecto. Observava duas moscas, voando lado a lado, por cima do almoço meio comido e do whisky derramado na mesa. Concentrado na sua dança, parecia ver uma telenovela. As moscas transformavam-se em tu e eu. Ontem a noite… Ouço um bater à porta. És tu. “Posso entrar?” dizes tu, naquele teu tom tão feminino mas firme, decidido, resoluto. Eu rio-me. Entrar? No momento que entraste na minha vida, senti aquele sentimento especial. A minha vida deu meia volta. Tudo parecia maravilhoso. E depois, entendi. A noite de ontem chegou. A volta dada no passado arrependeu-se e foi-se embora. A minha vida velha voltou. Voltou, mas de verdade, nunca fugiu. Entrar? Já os americanos diziam “Fool me once, shame on you. Fool me twice, shame on me.” Não vou cair uma segunda vez. Nem pensar. Faças o que fizeres, não te vou deixar entrar na minha vida. Não outra vez. Chegas-te a mim e beijas-me. Docemente, com esse teu jeito. Eu respondo ao teu beijo. Passam-se segundos, minutos, horas, dias, meses… Rompes o beijo. “Posso entrar?” repetes tu, desta vez esperando para ouvir o que vou dizer. “Não…” respondo eu…

Já cá estás dentro…

Thursday, October 2, 2008

Learning with Love

Darkness evolved me

With her brute force,

I helplessly tried to free myself

Like a chained horse.


Love felt like shit,

Friendship felt like crap.

Everyone became distant

And my mind became flat.


But after loving you for a long time,

I realized that

Love isn’t that bad

And I behaved like a brat.


By loving you I learned

That love isn’t being sad

Loving is a beautiful thing

And you made me realize that.


Despite the fact that

You didn’t fell in love with me

You still came out to be that special person:

The best friend I could ask you to be.